Arquitetura sensitiva: criação de um centro de apoio à pessoa com transtorno do espectro autista em Fortaleza-CE.

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso em Arquitetura e Urbanismo tem como intuito a criação de um centro de apoio às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na cidade de Fortaleza/CE, onde terá como foco o tratamento e desenvolvimento de pessoas com TEA, como também assistência e instrução de familiares e funcionários para garantir o melhor atendimento e inclusão para esse público. A relevância desse trabalho está relacionada com o aumento do número de pessoas diagnosticadas com autismo e a escassez de instituições voltadas para o atendimento dessas pessoas. Com isso, a pesquisa foi delimitada através da seguinte proposição teórica: “Como desenvolver um espaço que venha a colaborar para o desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista e seus familiares?” Tem-se como objetivo geral elaborar um projeto de um “Centro de apoio para pessoas com TEA na cidade de Fortaleza – Ceará” que será destinado a oferecer atividades esportivas, culturais e de ensino para esse público. Em relação aos objetivos específicos, foram elencados: (1) entender o que é a pessoa com TEA e estudar e analisar os aspectos sociais, culturais e familiares que influenciam na sua qualidade de vida; (2) pesquisar equipamentos e estratégias arquitetônicas que possam colaborar na qualidade de vida e na inclusão social e intelectual dessas pessoas; (3) analisar os equipamentos existentes para o TEA (ONG, associações, grupos, projetos) na cidade de Fortaleza; (4) identificar quais os espaços e equipamentos que devam existir em um Centro de apoio para pessoa TEA. A partir desses objetivos o projeto foi desenvolvido através da análise documental e bibliográfica, partindo-se, inicialmente, para a compreensão do transtorno e como a arquitetura pode atuar no tratamento, bem como por meio de visita de campo à ONG Projeto Diferente. Além disso, entrevistas semiestruturadas aos professores foram feitas, a fim de compreender questões práticas do transtorno e seu cotidiano. Após, aconteceu o diagnóstico completo referente ao terreno escolhido, seguido dos estudos de conceito e então para o início da elaboração projetual. Por fim, foi contatada a necessidade de projetar um amplo espaço que possibilite o desenvolvimento de todas as atividades necessárias para o tratamento, desenvolvimento e autonomia da pessoa portadora do transtorno, tanto internas quanto externas, além de proporcionar ambientes adequados seguindo todas as instruções de conforto e psicologia ambiental, tais como acústica, estética, luminosidade e ventilação.