Estresse parental em familiares de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA)

Abstract

Este presente artigo teve como objetivo compreender a relação entre o transtorno do espectro autista e o estresse parental utilizando a revisão narrativa de literatura com uma abordagem qualitativa de cunho exploratório, correspondente aos últimos cinco anos (2018 – 2022). As bases de dados utilizadas para busca de artigos científicos indexados foram Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES e Biblioteca Virtual de Saúde Brasil-BVS. Para análise dos dados obtidos, foram utilizadas as seguintes categorias: I- possíveis fatores do estresse parental nas relações familiares de crianças com TEA, II-níveis de gravidade do transtorno do espectro autista e estresse parental, III-os desafios enfrentados pela família após o diagnóstico da criança. Os resultados revelaram que família, após o diagnóstico da criança, perpassa por vários sentimentos e emoções, tais como culpa, desamparo e frustração diante do filho não idealizado. Nas pesquisas, foi percebido que a principal cuidadora da criança é a figura materna, apresentando um estresse mais acentuado comparado aos pais. Diante das dificuldades enfrentadas pelas famílias com filhos com TEA, estas buscam estratégias de enfrentamento para diminuir as sobrecargas emocionais, como as redes de apoio social, ONG’s, o apoio espiritual e a ação terapêutica multiprofissional para os filhos, trazendo uma perspectiva de maior independência aos filhos autistas, reduzindo o estresse parental. Ademais, as políticas públicas são medidas que se tornam necessárias para que as famílias e as crianças possam ter uma melhor qualidade de vida, assim como as informações assertivas para a sociedade.