O USO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM ACOMPANHAMENTO DE PÓS OPERATÓRIO TARDIO DE EXODONTIA DE 3° MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO

Abstract

A laserterapia de baixa potência (LBP) tem se destacado na Odontologia como um recurso terapêutico complementar eficaz, especialmente no manejo de complicações pós-operatórias de procedimentos cirúrgicos como a exodontia de terceiros molares. Estes procedimentos, frequentemente realizados na rotina clínica, estão associados a intercorrências como dor intensa, edema, trismo, parestesia e processos inflamatórios prolongados, comprometendo diretamente a qualidade de vida dos pacientes. O presente trabalho tem como objetivo relatar e analisar os efeitos clínicos da aplicação do laser de baixa intensidade no acompanhamento do pós-operatório tardio de exodontia de terceiro molar, com ênfase na sua atuação na redução dos sintomas inflamatórios, estímulo à cicatrização e promoção da reparação tecidual. Trata-se de um estudo de caso clínico realizado com uma paciente de 24 anos, que procurou atendimento cinco meses após a extração do dente 48, apresentando dor intensa, edema e supuração persistente na região operada. Inicialmente, foram adotadas medidas farmacológicas e sessões de laserterapia, através da técnica Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (APDT), com protocolos específicos de aplicação intra e extraoral, utilizando comprimento de onda vermelho e azul de metileno, seguida da luz infravermelha. Frente à ausência de melhora clínica significativa, optou-se por um procedimento cirúrgico exploratório, que revelou a presença de corpos estranhos (fios de sutura remanescentes), os quais foram removidos. Após a limpeza da área e nova prescrição medicamentosa adjuvante, observou-se significativa evolução clínica, com progressiva cicatrização tecidual, auxiliada por nova aplicação do laser terapêutico. Conclui-se que a laserterapia de baixa potência constitui uma estratégia eficaz, segura e minimamente invasiva para o controle das complicações pós-operatórias de exodontias, reduzindo o uso de fármacos, acelerando a recuperação e proporcionando maior conforto ao paciente. Ainda assim, destaca-se a necessidade de maior acessibilidade à tecnologia, bem como de capacitação profissional contínua para ampliação do uso clínico desse recurso terapêutico.