MANEJO DE MÁ FORMAÇÃO DENTÁRIA APÓS TRAUMA DENTOALVEOLAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO

Abstract

O traumatismo dentoalveolar na infância é uma condição frequente e complexa, com potencial para afetar o desenvolvimento da dentição permanente e provocar repercussões funcionais e estéticas. Este trabalho tem como propósito descrever o manejo cirúrgico de uma alteração dentária de origem traumática em paciente infantil. Paciente masculino, 7 anos, compareceu à Clínica-Escola de Odontologia da Unichristus acompanhado da mãe, relatando “bolhas na gengiva”. Durante a anamnese, constatou-se histórico de trauma prévio associado à perda do dente 51. No exame clínico, observou-se erupção completa do dente 21, ausência do dente 11 e presença de três pápulas normocrômicas na região anterior do rebordo alveolar (entre os dentes 53 e 21), sugestivas de trajetos fistulosos cicatrizados ou inclusões epiteliais. O exame tomográfico revelou má formação do dente 11, apresentando alterações corono-radiculares compatíveis com sequela traumática. Devido ao comprometimento funcional e estético, indicou-se exodontia para posterior reabilitação. Considerando a idade e o elevado nível de ansiedade do paciente, o procedimento foi realizado sob sedação consciente e anestesia local pela técnica infiltrativa, sem intercorrências. O acompanhamento pós-operatório evidenciou cicatrização adequada. Dessa forma, o tratamento cirúrgico de sequelas traumáticas em crianças deve fundamentar-se em criteriosa avaliação clínico-radiográfica e ser conduzido precocemente, visando reduzir complicações e restabelecer a função e a estética por meio de reabilitação planejada.