Fadiga zoom em estudantes da saúde em instituições de ensino superior do estado do Ceará no cenário de aprendizagem de ensino remoto emergencial durante a pandemia da covid-19 - prevalência e fatores associados

Abstract

A pandemia da Covid-19 trouxe ao mundo uma necessidade de adequação das nossas vidas a uma nova realidade, tal fato causou diferentes tipos de impactos nas mais diversas áreas. O âmbito da educação foi um dos que tiveram uma maior transformação. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência de fadiga zoom e fatores associados entre estudantes da área saúde do ensino superior do estado do Ceará; avaliar a associação de metodologias ativas com fadiga de aprendizagem online entre estudantes de medicina e produzir um manual educacional do ensino remoto. A presente tese de mestrado insere-se no debate sobre fadiga zoom no âmbito educacional no estado do Ceará em Instituições de Ensino Superior (IES), por meio de um estudo quantitativo, descritivo, realizado em diversos cursos da área da saúde (em 781 estudantes entre 6 IES). Foi utilizada a escala Zoom Exhaustation & Fatigue Scale (ZEF) (FAUVILE et al., 2020) validada para o português brasileiro e com base na aplicação dessa escala. Evidenciou-se uma importante prevalência (48%) de fadiga zoom entre estudantes da área de saúde do Estado do Ceará, bem como predomínio no gênero feminino (68.9%). Ademais, demonstrou-se que como foi visto que a prevalência de fadiga de zoom atingiu alunos que utilizaram o modelo híbrido (56%) e os que utilizaram a metodologia PBL (41%), com diferença estatisticamente significativa (p valor=0,027). Visto isso, fez se necessário conhecer e fornecer instruções sobre como reduzir a fadiga através da videoconferência por meio de um manual educativo do ensino remoto, este foi produzido e dividido em sete capítulos que englobam: o ensino online, a pandemia do coronavírus, a fadiga zoom, a teoria da restauração atual, os planos de aula remota, as ferramentas do google para a sala de aula remota e a avaliação remota. Por fim, demonstrou-se que a participação em videoconferências deve ser ressignificada, dar preferência às metodologias ativas, principalmente na escolha para o ensino online.