INFLUÊNCIA DO ACESSO ENDODÔNTICO MINIMAMENTE INVASIVO NA QUALIDADE DE RESTAURAÇÕES CORONÁRIAS

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a qualidade de restaurações coronárias em dentes acessados com a técnica minimamente invasiva e a técnica convencional. Foram selecionados 20 molares superiores e inferiores extraídos por razões alheias à pesquisa e enquadrados nos critérios de elegibilidade adotada pela pesquisa. Esses dentes foram radiografados no sentido vestíbulo-palatino e, randomicamente, divididos em dois grupos, em que os dentes foram acessados convencionalmente (n=10), e os demais acessados pela técnica minimamente invasiva (n=10). Em seguida, os canais foram preparados com os instrumentos reciprocantes X1 Blue 25.06 até o forame apical e obturados com guta-percha e cimento endodôntico pela técnica do cone único. Os dentes foram restaurados com resina composta bulk-fill flow e polimerizados por 40 segundos. Para análise dos preenchimentos, os espécimes foram radiografados nos sentidos vestíbulo-palatino e mésio-distal e avaliadas a quantidade de áreas radiolúcidas na região coronária, sendo atribuídos escores de 0 a 3 de acordo com a ocorrência e o tipo de falha na restauração coronária. Os dados foram analisados estatisticamente pelo Kruskal-Wallis, sendo considerado significante quando p<0,05. Estatisticamente, os dentes com acessos convencionais apresentaram menos falhas na interface e no corpo das restaurações coronárias do que os dentes com acesso minimamente invasivos (p=0,00556). Assim, pode-se concluir que o preenchimento das cavidades nas restaurações coronárias foi significativamente influenciado pelo tipo de acesso endodôntico, sendo os acessos minimamente invasivos os de pior preenchimento.