MODULAÇÃO NÃO CONVENCIONAL DA INFLAMAÇÃO EM ODONTOLOGIA DESTACANDO A UTILIZAÇÃO DA AROEIRA E DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

Entre as plantas nativas do Brasil, destaca-se a aroeira-do-Sertão, Myracrodruon urundeuva Allemão, Anacardiaceae. Estudos etnofarmacológicos destacam sua excelente reputação para uso fitoterápico do extrato desta planta. Entre suas indicações, tratamento por via oral de doenças e feridas do aparelho respiratório, do aparelho urinário, a planta tem excelente reputação popular no tratamento caseiro das sequelas pós-parto, e de ferimento da pele e na boca, usando-se concomitantemente, por via oral e por via tópica. Os extratos hidroalcóolico e aquoso da entrecasca foram submetidos a ensaios farmacológicos não clínicos, tendo mostrado evidente efeito anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante e antiúlcera, aliado à comprovada ação anti-histamínica e antibradicinínica. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a odontologia e a aplicabilidade da fitoterapia por meio da utilização da aroeira como um estudo comparativo com a tecnologia do laser de baixa potência. Nas bases de dados PubMed e Scielo, foram encontrados 55 artigos, e após critérios de exclusão e retirada, restaram 48, dos quais foram selecionados 20 deles. Foram incluídos estudos clínicos e relatos de caso, publicados sem restrição de tempo, em língua portuguesa e inglesa - que foram elaborados por pesquisadores publicados entre os anos de 2000 e 2024, 24 anos - que contemplassem a produção cientifica a respeito do desenvolvimento acerca do tema. Foram utilizados os seguintes escritores: ‘’ Low-Level Light Therapy’’, ‘’ Anacardiaceae’’, ‘’ inflammation’’. Os resultados de cada um dos termos foram cruzados entre si e, além disso, foi utilizado o operador booleano ‘’AND’’ a fim de refinar a pesquisa. Os artigos foram selecionados a partir de uma leitura prévia dos resumos levantados. Ademais, por meio da tecnologia agindo na modulação e efeito anti-inflamatorio, o laser de baixa potência apresenta, na literatura, resultados extremamente satisfatórios. O efeito do laser de baixa intensidade pode ser observado no comportamento dos linfócitos, aumentando a sua proliferação e ativação; nos macrófagos, aumentando a fagocitose; e nos fibroblastos, aumentando a secreção de fatores de crescimento e potencializando a captação tanto de fibrina quanto de colágeno. Os efeitos fotobiológicos da radiação laser podem ser convencionalmente divididos em curto e longo prazo, e o processo de reparo é complexo e compreende alterações vasculares e celulares, proliferação epitelial e de fibroblastos, síntese e deposição de colágeno, produção de elastina e proteoglicanos, revascularização e contração de feridas.