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Título: Influência do tempo de permanência hospitalar pré-operatória no perfil de resistência a antimicrobianos da microbiota oral de pacientes em hospital terciário
Autor(es): CAMPELO, Clarissa Sales de Paula
Orientador: BANDEIRA, Tereza de Jesus Pinheiro Gomes
Data do documento: 2020
Citação: CAMPELO, Clarissa Sales de Paula. Influência do tempo de permanência hospitalar pré-operatória no perfil de resistência a antimicrobianos da microbiota oral de pacientes em hospital terciário. 2020. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências Odontológicas) – Centro Universitário Christus, Fortaleza, 2020
Resumo: A microbiota humana é considerada parte das defesas inatas do corpo humano, pois convive em harmonia simbiótica com o hospedeiro. Entretanto, vários fatores, principalmente o uso de antimicrobianos, podem desencadear nessa microbiota um desequilíbrio na quantidade e diversidade microbiana chamado disbiose. Dessa forma, as bactérias resistentes a múltiplas drogas representam um grande problema, pois dificultam a escolha da terapia, comprometendo a recuperação do paciente, além de infecções causadas por essas bactérias estarem associadas ao aumento da mortalidade, tempo de internação e custos com saúde. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi verificar se havia relação entre a ocorrência de cepas bacterianas multirresistentes e o tempo de permanência hospitalar no período pré-operatório, através do cultivo de espécimes clínicos coletados na cavidade bucal em pacientes internados que seriam submetidos a procedimento cirúrgico de grande porte. Para esse fim, foram realizadas coletas das faces vestibulares dos dentes e/ou da mucosa jugal no período préoperatório. Trinta e sete pacientes com idades acima de dezoito anos que foram submetidos a cirurgia cardíaca eletiva e remanejados para a UTI pós-operatória, no período de três meses (maio a julho de 2019). Os pacientes foram monitorados durante a permanência na UTI pós-operatória. Os espécimes clínicos coletados passavam por processos de inspeção, denominação, classificação e identificação das colônias. Por fim, os testes de sensibilidade aos antimicrobianos foram realizados. Como resultado, observamos que a relação entre o tempo de permanência por mais de 60 dias de internação e a ocorrência de cepas bacterianas multirresistentes (resistentes a múltiplas drogas antimicrobianas) foi estatisticamente significante, o que demostrou que os pacientes que permaneciam por mais de 60 dias naquela unidade hospitalar tinham 17 vezes mais chances de desenvolver cepas multirresistentes do que os que não permaneciam. Como conclusão, percebemos que quanto maior o tempo de permanência do paciente no hospital, maiores são as chances de ocorrer cepas bacterianas multiresistente porém, infelizmente, apesar de alguns estudos já encontrados na literatura sobre esse assunto, mais pesquisas são necessárias para fornecer evidências definitivas acerca de protocolos eficientes de higiene bucal, com relação à mortalidade e ao tempo de permanência hospitalar.
Palavras-chave: Multirresistência a Drogas
Biofilmes
Bactérias
Oral
Infecções
URI: https://repositorio.unichristus.edu.br/jspui/handle/123456789/1004
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