Um canto em todos: a voz na construção de espaços femininos.

Abstract

A partir do entendimento do contexto social e antropológico do constructo da mulher na história, recorre-se a análise filosófica como embate a metafísica do pensamento científico, pois como mulher, estar na borda requer o exercício de compreensão de diferenças culturais, para além de um olhar da alteridade, mas como própria percepção de uma semelhança dentro da diferença. A arquitetura é símbolo da multiplicidade de coisas e outras culturas, para além de um entendimento euro-centrado, no qual o enquadramento do termo estilístico “eclético” não é suficiente para englobar a complexidade do modus operandi da arquitetura local. Assim, o objetivo geral é propor um espaço ontologicamente feminino, tendo como protagonista: a voz. Propostas de resgate patrimonial ocorrem como forma de democratização da memória na introdução da dinâmica da cultura oral e da relação de corpos como ressignificação do próprio lugar de memória. Essa pesquisa apresenta importância por viabilizar material de fundamentação teórica transdisciplinar e com abordagem para além do pensamento normativo, agregando futuras leituras e pesquisas no âmbito da universidade, no curso de arquitetura e urbanismo e, principalmente, para além do mesmo.