Investigação do risco de contaminação pelo vírus Sars-Cov-2 em águas subterrâneas utilizadas como fonte de abastecimento humano

Abstract

A insuficiência do sistema sanitário, nos países em desenvolvimento, justifica as alternativas realizadas pela população para a obtenção de esgotamento sanitário. As opções individuais em destaque são o uso de fossas e o lançamento em mananciais, mas esse descarte precisa cumprir orientações normativas, caso contrário, o esgoto contaminará o solo e lençol freático. A ausência dos serviços de coleta, tratamento e descarte adequado do esgoto doméstico pode ocasionar uma contaminação dos usuários que recebem de forma exclusiva o abastecimento por água subterrânea, ocasionando danos a sua potabilidade e mudança em parâmetros físico-químico e microbiológico. Os aquíferos podem ser degradados por microrganismos patogênicos que podem ser expelidos através de fezes e urina humana. O ano de 2019 trouxe uma doença desconhecida, propagada pelo vírus SARS-CoV-2, responsável pela pior crise sanitária já vista mundialmente. Hoje, o vírus é espalhado por meio de partículas de ar, mas também já foi detectado em fezes humanas e na rede de esgoto. Com a finalidade de estudar a qualidade das águas subterrâneas, a possível contaminação cruzada e outros possíveis locais onde o novo coronavírus possa estar presente, foi realizado a coleta de água de poço subterrâneo e de um rio, em um dos bairros mais populosos da cidade de Fortaleza-CE, a Barra do Ceará. A região contém muitas residências que utilizam a água de poços tubulares como abastecimento exclusivo e obteve altos índices de óbitos por Covid-19. A água foi analisada sobre todos os parâmetros e examinada para a verificação da existência do vírus SARS-CoV-2 e o Adenovírus Humano.