AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE E ESTABILIDADE DE COR DE DIFERENTES POLÍMEROS APÓS IMERSÕES EM SOLUÇÕES DESINFETANTES

Abstract

Diversas substâncias químicas têm sido utilizadas no processo de desinfecção e higiene de dispositivos à base de polímeros, no entanto, muitas destas substâncias são utilizadas de forma empírica. O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades físicas e mecânicas, através da estabilidade de cor e da rugosidade de superfície de diferentes polímeros, polimetilmetacrilato (PMMA), poliamida e polieteretercetona (PEEK), após imersões em diferentes soluções desinfetantes. Foi confeccionado um total de 105 amostras de cada material (n=15) em formato cilíndrico (15mmx4mm) e os grupos divididos de acordo com o tipo de material: Resina Acrílica Convencional (PMMA), Poliamidas e a Polieteretercetona (PEEK), que foram submetidos à imersão em meios desinfetantes como, Listerine (LI), Cepacol (CE), Corega Tabs (CT), ácido paracético 10% (AP) hipoclorito de sódio 1% (NaOCl), Periogard 0,12% (digluconato de diclorexidina) e água destilada (AD) como controle. Foram simuladas aplicações de 12/12 horas, por 2 semanas, o que equivale a um período de 2 anos. Todas as amostras foram pesadas antes e após a exposição ao tratamento, a fim de analisar a perda de massa. Cinco linhas paralelas (1 mm) foram registradas em cada amostra para medir a rugosidade da superfície (Ra). E estabilidade de cor foi medida por um colorímetro portátil. Os dados foram analisados por foram expressos em forma de média e desvio-padrão, submetidos ao teste de normalidade de Kolmogorov-Srminov e comparados utilizando o teste ANOVA-3-way para medidas repetidas seguido dos pós teste de Bonferroni (p<0,05, SPSS 22.0). Foi observado que em relação a análise de rugosidade de superfície a poliamida demonstrou maior diferença (p<0.001), quando comparada aos demais polímeros, após simulado 1 ano de imersão. Houve diferença significativa na mudança de cor (ΔE) para todos os grupos experimentais mais com maiores alterações no PMMA e poliamida quando tratados com NaClO 1%, cepacol e ácido paracético 10% (p<0.001), comparados ao PEEK. Ocorreu alteração da massa em relação aos tempos de imersões (p<0.05), onde o Corega tabs apresentou maior capacidade de alteração frente aos materiais (p<0.05). Pode-se concluir que o PEEK parece mais estável contra desgaste e descolorações do que o o PMMA e a poliamida. Mais pesquisas e ensaios clínicos são necessários para confirmar tais resultados.