Vulnerabilidades psicossociais de jovens que não estudam e não trabalham: uma revisão integrativa

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo analisar de que forma a vulnerabilidade psicossocial influencia a juventude que não estuda e não trabalha. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura do tipo integrativa - que consiste em uma síntese de diversos estudos e conceitos por meio de etapas definidas de seleção e avaliação de estudos - sobre artigos que discutem a temática, de modo a observar não só as definições dos termos jovens “nem-nem” e vulnerabilidade social, mas em quais teorias os autores se debruçam sobre esse aspecto conceitual e quais aproximações e distanciamentos dos nossos objetivos podem vislumbrar. Para tal propósito, investigaram-se os descritores “jovens nem-nem”, “jovens e vulnerabilidade social”, “jovens e políticas públicas”, nas bases de dados Periódicos Eletrônicos de Psicologia(PePSIC), SciELO – Scientific Electronic Library Online (Brasil), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Por meio da leitura e análise de conteúdo dos textos foram selecionados 29 artigos e dividindo-os em três categorias conceituais foram abordados e discutidos o aspecto multifacetado da vulnerabilidade psicossocial; a relação entre vulnerabilidade e juventude e as possíveis soluções em políticas públicas para o enfrentamento dessa condição entre os jovens. Na presente pesquisa não se pretendeu esgotar a discussão sobre o conceito de jovem em vulnerabilidade psicossocial, mas trazer um panorama mais crítico do que se tem produzido na literatura recente quanto a essa temática. Com isso, aponta-se a necessidade de profundas e sérias mudanças na formulação de políticas públicas voltadas aos jovens em situação de vulnerabilidade, principalmente respeitando a subjetividade por meio da escuta, do apoio e o acolhimento não apenas da área da Psicologia, mas de todos os profissionais ligados à saúde mental, à cidadania e aos direitos humanos.