AVALIAÇÃO DO FENÓTIPO PERIODONTAL DE PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA-ESCOLA DE ODONTOLOGIA DA UNICHRISTUS: AVALIAÇÃO CLÍNICA E QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO

Abstract

O fenótipo periodontal é o termo utilizado para classificação de espessura periodontal dos pacientes. Em uma das formas de sua classificação, ele pode ser dividido em: fino, médio, espesso e muito espesso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação da autopercepção estética dentária, por meio de questionário estruturado (Psychosocial Impact of Dental Aesthetics Questionnaire - PIDAQ), de pacientes atendidos na clínica-escola de odontologia da Unichristus e sua correlação com achados clínicos do fenótipo periodontal. Foram selecionados 36 pacientes da população atendida na clínica-escola de odontologia da Unichristus de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Todos os pacientes foram avaliados quanto: altura do sorriso, avaliação do fenótipo periodontal através da sonda Colorvue® e aplicação do questionário PIDAQ na versão brasileira. Os dados obtidos foram avaliados através do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, para testes paramétricos ANOVA/Bonferroni e não paramétricos Kruskal-Wallis/Dunn, além do teste qui-quadrado de Pearson. A análise psicométrica (PIDAQ) demonstrou bons resultados, observados através do alfa de Cronbach com média 0,734. Não foram encontradas correlações significativas entre os tipos de sorriso, sexo ou dos fenótipos periodontais e a autopercepção estética dos participantes deste estudo. Observou-se correlação significativa entre o fator idade e a autopercepção estética (p<0.05), explicitada em três dos quatro domínios do PIDAQ, nos pacientes que possuíam idade igual ou inferior a 25 anos, sendo estes: Autoconfiança Odontológica, Impacto Social e Impacto Psicológico. Concluímos que os pacientes mais jovens, estão sendo mais afetados emocionalmente pela estética dentária, são preocupados com a percepção subjetiva da própria aparência e com sentimento de inferioridade e infelicidade quando o indivíduo afetado se compara com outras pessoas, do que os pacientes maiores de 25 anos. Esses atributos podem estar associados ao uso em demasia das redes sociais e a constante comparação com outros indivíduos, cujas percepções negativas podem gerar consequências ruins para a saúde física e mental.