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https://repositorio.unichristus.edu.br/jspui/handle/123456789/1480
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor.advisor | CARVALHO, Alexander Perazo Nunes de | - |
dc.contributor.author | SANTOS, Rômulo Marcel Souto dos | - |
dc.date.accessioned | 2023-02-08T19:58:08Z | - |
dc.date.available | 2023-02-08T19:58:08Z | - |
dc.date.issued | 2023 | - |
dc.identifier.citation | SANTOS, Rômulo Marcel Souto. Análise econômica da responsabilidade civil do empregador por acidente do trabalho em atividade de risco. 2023. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Direito) – Centro Universitário Christus, Fortaleza, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unichristus.edu.br/jspui/handle/123456789/1480 | - |
dc.description.abstract | A Constituição Federal de 1988 pretendeu estabelecer equilíbrio entre as forças do capital e do trabalho, como se observa na enunciação de fundamentos, objetivos e princípios formulada pelo legislador constituinte originário. A par de prever um adequado rol de direitos sociais aos trabalhadores, ela assegurou a livre iniciativa e o desenvolvimento nacional, tudo com vistas à constituição de uma sociedade livre e solidária, mas também justa e eficiente. Esse cenário de equilíbrio pretendido encontra reflexo na disposição do art. 7º, inciso XXVIII, da Constituição brasileira, que garante aos trabalhadores seguro contra acidentes do trabalho, além de indenização para reparar os danos sofridos, sempre que o empregador agir com dolo ou culpa. A redação desse preceito inaugurou fundada controvérsia na doutrina e na jurisprudência, sobretudo após a vigência do Código Civil de 2002. Isso porque, ao mencionar expressamente dolo ou culpa, o texto constitucional optou pela responsabilidade subjetiva do empregador, a qual contrasta com a regra geral de responsabilidade objetiva, em atividades de risco, prevista no art. 927, parágrafo único, do Código Civil. Se de um lado a objetivação da responsabilidade facilita o sucesso de demandas nas quais se busca o ressarcimento de um dano sofrido, por outro pode ocasionar a redução das indenizações deferidas, em claro desprestígio do direito tutelado. Além disso, há diversos fatores econômicos que influenciam a decisão pela melhor tecnologia de responsabilidade civil, inclusive por meio da geração de incentivos para que o autor do dano (empregador) e a vítima (empregado) adotem um estágio ótimo de prevenção. Neste trabalho, por meio de pesquisa bibliográfica e estudo da jurisprudência nacional, são analisadas as dificuldades que os novos paradigmas da responsabilidade civil impõem à temática do acidente do trabalho e da indenização do dano dele decorrente. Para tanto, buscou-se estudar: os conceitos envolvidos, sejam relacionados à infortunística do trabalho ou atinentes à responsabilidade civil; o entendimento alcançado pelo Supremo Tribunal Federal, quando da formulação do Tema 932 de sua jurisprudência; os limites da responsabilidade civil em atividade de risco, por meio da fixação do sentido e alcance das cláusulas abertas contidas no art. 927, parágrafo único, do Código Civil; e os fatores econômicos que impactam a tecnologia de responsabilidade civil adotada no Brasil. A partir deste estudo, foi possível perceber que a objetivação da responsabilidade, sobretudo à luz da análise econômica do direito, não necessariamente será benéfica para o trabalhador e para o sistema de prevenção dos acidentes do trabalho, reclamando maior reflexão. Nesse sentido, propõe-se a adoção de um modelo de responsabilidade civil intermediário capaz de, à vista de todos os fatores que influenciam o comportamento das partes expostas ao risco de acidentes (níveis de precaução, atividade, informação, aversão ao risco e custos administrativos), efetivar o princípio diretor da responsabilidade civil, consistente na prevenção do infortúnio. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Responsabilidade civil do empregador | pt_BR |
dc.subject | acidente do trabalho em atividade de risco | pt_BR |
dc.subject | culpa e risco | pt_BR |
dc.subject | responsabilidade objetiva e subjetiva | pt_BR |
dc.subject | análise econômica do direito | pt_BR |
dc.title | Análise econômica da responsabilidade civil do empregador por acidente do trabalho em atividade de risco | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.title.ingles | Economic analysis of the civil liability of the employer for accidents at work in a risky activity | pt_BR |
dc.description.resumo_abstract | The Federal Constitution of 1988 intended to establish a balance between the forces of capital and labor, as can be seen in the enunciation of foundations, objectives and principles formulated by the original constituent legislator. In addition to providing an adequate list of social rights for workers, it ensured free enterprise and national development, all with a view to the constitution of a free and solidary society, but also fair and efficient. This scenario of desired balance is reflected in the provision of art. 7, item XXVIII, of the Brazilian Constitution, which guarantees workers insurance against accidents at work, in addition to compensation to repair the damage suffered, whenever the employer acts with intent or negligence. The wording of this precept gave rise to founded controversy in doctrine and jurisprudence, especially after the Civil Code of 2002 came into effect. This is because, by expressly mentioning malice or fault, the constitutional text opted for the employer’s subjective liability, which contrasts with the general rule of objective liability, in risky activities, provided for in article 927, sole paragraph, of the Civil Code. If on the one hand the objectivation of liability facilitates the success of lawsuits in which one seeks compensation for damage suffered, on the other hand it can lead to a reduction in the compensation awarded, in clear discredit to the right that is being protected. Furthermore, there are several economic factors that influence the decision for the best civil liability technology, including the generation of incentives for the plaintiff (employer) and the victim (employee) to adopt an optimal stage of prevention. In this paper, by means of bibliographic research and a study of national jurisprudence, we analyze the difficulties that the new paradigms of civil liability impose on the theme of occupational accidents and compensation for damages arising from them. To this end, we sought to study: the concepts involved, whether related to labor infortunistics or pertaining to civil liability; the understanding reached by the Federal Supreme Court when it formulated Theme 932 of its jurisprudence; the limits of civil liability in risky activities, by determining the meaning and scope of the open clauses contained in art. 927, sole paragraph, of the Civil Code; and the economic factors that impact the technology of civil liability adopted in Brazil. From this study, it was possible to realize that the objectification of liability, especially in the light of the economic analysis of law, will not necessarily be beneficial to the worker and to the system of prevention of accidents at work, requiring further reflection. In this sense, it is proposed the adoption of an intermediate model of civil liability capable of, in view of all the factors that influence the behavior of the parties exposed to the risk of accidents (levels of precaution, activity, information, risk aversion, and administrative costs), making effective the guiding principle of civil liability, consisting in the prevention of misfortune. | pt_BR |
Appears in Collections: | Mestrado Acadêmico em Direito - Dissertações Defendidas |
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