RECONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DE MANDÍBULA ACOMETIDA POR AMELOBLASTOMA CONVENCIONAL: UM RELATO DE CASO.

Abstract

Os ameloblastomas são neoplasias benignas, localmente agressivas que podem ocasionar deslocamento, mobilidade,reabsorção dental e geralmente são assintomáticos. O tratamento conservador consiste na enucleação ou marsupialização seguida de enucleação, porém em virtude da extensão da lesão e potencial recidiva, pode ser necessário a realização da ressecção óssea, que sem reconstrução adequada, produz graves sequelas estéticas e funcionais ocasionando uma perda da qualidade de vida. O padrão ouro nas reconstruções que envolvem remoção de hemi mandibula, são as próteses de titânio “total Joint” , uma alternativa confiável, mas ainda pouco acessível devido ao seu alto custo. Por isto, o uso de materiais alternativos de baixo custo, como o Poli Metacrilato de Metila (PMMA), pode ser utilizado para que, cada vez mais pacientes sejam beneficiados. O objetivo do trabalho é relatar o caso de uma paciente acometida com ameloblastoma convencional, cujo tratamento foi a ressecção e reconstrução cirúrgica utilizando o PMMA. Paciente A.M.S.S, 26 anos, sexo feminino, normossistêmica que foi encaminhada pelo ortodontista com um aumento de volume na região mandibular. Ao analisar a radiografia panorâmica, foi observada uma imagem radiolúcida multilocular do lado direito localizado na distal do primeiro molar até o côndilo da mandíbula. Foi realizada uma biópsia incisional cuja conclusão foi de ameloblastoma convencional. Na tentativa de regredir a lesão , foi realizada uma marsupialização segmentar por 6 meses, porém, não houve regressão da lesão, sendo indicada a ressecção cirúrgica. A cirurgia foi planejada juntamente com a reabilitação que de forma ideal seria realizada com prótese total condilar em titânio, no entanto em virtude ao alto custo, foi utilizada prótese provisória em PMMA previamente confeccionada. A prótese se mostrou eficaz, reestabelecendo fonética, função e preservando as estruturas musculares. A paciente encontra-se em acompanhamento pós operatório tardio, sem sinais de recidiva da lesaõ. A reconstrução após uma ressecção de ameloblastoma se faz necessária para reestabelecimento da estética e função de pacientes. Materiais como o PMMA, traduz-se numa alternativa segura, rápida e com menor custo, podendo levar ao paciente funcionalidade satisfatória, e uma melhora considerável em sua qualidade de vida.