A INSERÇÃO DE MULHERES TRANSGÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO DE FORTALEZA.

Abstract

Em razão da baixa representatividade de mulheres transgenêro no mercado de trabalho formal e nos mais diversos âmbitos sociais, deseja-se, a partir dessa pesquisa, saber mais um pouco sobre os principais motivos que levam essas mulheres a serem excluídas do mercado e seguirem o caminho do trabalho informal. O fenômeno transexual ocorre quando alguém que nasce com determinado sexo biológico se identifica com o gênero oposto ao seu em algum momento da vida, causando uma falta de sintonia entre o sexo de seu corpo e o de sua alma, ou entre seu sexo e seu gênero. Essa falta de sintonia pode causar um desconforto comparável a um tipo de sofrimento psicológico, por se olhar no espelho e não se ver ali. Existe um longo histórico de preconceito e discriminação que condicionou essa população a viver a margem da sociedade, sendo totalmente excluídas de algumas esferas da sociedade, colocando-as em destaque nas estatísticas de violência do país. Desempenhar uma atividade laboral é direito de todos, porém devido aos padrões impostos pela sociedade, essas pessoas raramente são vistas em ambientes organizacionais ou de trabalho. A partir do contexto citado acima, tem-se como objetivo geral desta pesquisa analisar a inserção de mulheres transgênero no mercado de trabalho de Fortaleza. Para atingir o objetivo traçado, foi realizada uma pesquisa qualitativa, usando o método fenomenológico, para realizar entrevistas semiestruturadas com mulheres transgênero que residem na cidade de Fortaleza, a partir de um estudo de trajetória. Concluiu-se, então, que apesar dos avanços e conquistas nas pautas LGBTQIA+, o mercado de trabalho não é inclusivo para com as mulheres trans., sendo possível evidenciar a falta de apoio de políticas públicas eficazes e episódios de preconceito no trabalho contra aquelas que conseguem se inserir de maneira excepcional.